Representatividade e Diversidade nos Reboots dos Desenhos da Nova Geração 📺😎

  • 10
  • novembro

    2024

Os desenhos animados têm o poder mágico de marcar gerações, criando memórias afetivas que perduram por décadas. Com o passar dos anos, muitas dessas animações clássicas estão recebendo uma nova roupagem através dos reboots, trazendo de volta personagens queridos com uma visão moderna e atualizada.


Vamos explorar o que são esses reboots e conhecer as novas versões de alguns clássicos amados, como Monster High, Três Espiãs Demais, Winx, Moranguinho e My Little Pony




O que é um reboot?


Em termos simples, um reboot é uma reinicialização de uma série ou franquia. Em vez de continuar a história de onde parou, os criadores decidem começar do zero, dando nova vida aos personagens e enredos. Isso pode envolver novas histórias, estilos de animação atualizados e uma abordagem mais moderna, tudo pensado para conquistar a nova geração. 


Diferente de um remake, que busca recriar a obra original com fidelidade, o reboot pode alterar significativamente elementos da narrativa, adaptando-os para um novo público ou para refletir questões contemporâneas.


Monster High G3 “Pecou” com a nova roupagem?


Dentre os vários reboots, o de Monster High é digno de destaque. A série, que originalmente estreou em 2010, foi recentemente relançada com um visual novo e personagens modernizados. A essência continua a mesma: adolescentes filhos de monstros famosos frequentam a Monster High e enfrentam os desafios típicos da adolescência, como amizade, amor e aceitação.


A nova versão vem com uma animação mais refinada e personagens que refletem melhor a diversidade do mundo atual. Frankie Stein, Draculaura e Clawdeen Wolf estão de volta, mas com personalidades mais profundas e backgrounds enriquecidos. A série agora aborda temas como identidade, inclusão e autoconfiança de maneira ainda mais intensa.


A nova geração de Monster High representa um marco significativo na evolução dos desenhos animados, refletindo a diversidade e complexidade do mundo real.  Com personagens que exibem uma ampla gama de identidades, incluindo aquelas dentro do espectro LGBTQIAP+, Monster High está estabelecendo um novo padrão para a inclusão e representatividade na mídia infantil e juvenil.


Será que Monster High e outros desenhos animados "prejudicaram" ou "destruíram" a infância? Acredito que não! Ter uma variedade de personagens com diversas características é algo positivo.


Representatividade é, e sempre será importante


A representatividade vai além de simplesmente incluir personagens de diferentes etnias, gêneros, orientações sexuais e habilidades. Ela é fundamental para que todas as crianças e jovens possam se ver refletidos nas histórias que acompanham, promovendo um sentimento de pertencimento e aceitação. Quando os desenhos animados apresentam uma variedade de personagens com os quais o público pode se identificar, eles ajudam a construir a autoestima e a confiança dos espectadores.


Além disso, a representatividade nos desenhos animados serve como uma ferramenta educativa poderosa. Ao expor as crianças a diferentes culturas e modos de vida, os desenhos animados podem promover a empatia e o respeito pela diversidade desde cedo. Isso é essencial para que as novas gerações cresçam com uma mentalidade mais aberta e inclusiva.


Em "Moranginho", por exemplo temos personagens que apresentam diversas cores de pele e histórias que enfatizam a amizade e o respeito.


MORANGUINHO



Os desenhos animados são, muitas vezes, um reflexo da sociedade em que vivemos. Eles têm o potencial de moldar as percepções e atitudes das crianças em relação ao mundo ao seu redor. Ao incorporar personagens diversos, os desenhos animados podem desafiar estereótipos e preconceitos, mostrando que a diversidade é normal e valiosa.


Para muitas crianças e jovens, especialmente aqueles que pertencem a grupos minoritários, ver personagens que se parecem com eles e que compartilham experiências semelhantes pode ser incrivelmente afirmativo. Isso não apenas valida sua existência, mas também lhes dá modelos a seguir e sonhos a aspirar.




Historicamente, a representatividade nos desenhos animados tem sido limitada, com muitos programas refletindo as normas e valores sociais de suas épocas de produção. Isso muitas vezes resultou em uma falta de diversidade em termos de raça, gênero, orientação sexual e outras identidades. 


No entanto, houve um esforço consciente nas últimas décadas para melhorar a representatividade e inclusão em todos os tipos de mídia, incluindo desenhos animados.


Os desenhos animados da infância de muitas pessoas que cresceram nas décadas anteriores podem não ter sido tão representativos quanto os de hoje, mas é importante reconhecer que cada época tem suas próprias lutas e conquistas em termos de representação. A indústria de animação está em constante evolução, e a representatividade continua a ser uma área de crescimento e desenvolvimento significativos.


À medida que a sociedade continua a evoluir, também deve evoluir a representação nos desenhos animados. É importante que os criadores de conteúdo continuem a se esforçar para incluir uma gama ainda mais ampla de personagens, garantindo que nenhuma criança se sinta excluída ou invisível na mídia que consome.


Os reboots não são apenas uma forma de trazer de volta os desenhos que amamos; eles são uma ponte para o futuro, onde a inclusão e a representatividade são tão importantes quanto a própria história. Eles nos mostram que é possível honrar o passado enquanto se constrói um presente mais acolhedor e um futuro mais brilhante para todos.

Os reboots dos desenhos animados são uma celebração da nostalgia com um olhar para o futuro, onde cada personagem, independente de sua origem ou identidade, tem um lugar na história. E assim, a magia dos desenhos animados continua a encantar e a ensinar novas gerações sobre a beleza da diversidade e a importância da aceitação.